TEMPOS DE REFRIGÉRIO
“...Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.”
(João 7.37)
A Em meio ao burburinho da festa, da agitação das gentes, dos encontros e desencontros da hora, algo mais grave “rolava” no coração vazio do povo. A Páscoa passara, Pentecostes chegara. As barracas se espalhavam pelas vielas da cidade confundindo-se com a alegria superficial do povo.
Tudo era pura agitação.
No templo os sacerdotes imolavam os cordeirinhos, o cutelo rasgando o coração dos santos animaizinhos já não lhes conseguiam arrancar um balido... Aquele sangue parecia não provocar nenhuma reação no coração do povo. Uma “nova e falsa” formalidade ou “ritual contemporâneo” tomara conta de tudo... Todos acorriam ali, à festa. Bastava “curtir” a celebração! Um novo mundo mágico e midiático parecia explodir no coração de cada um.
- Quem sabe satisfaria a angústia, os vazios, as depressões e os questionamentos profundos dessa “nova fé”, “religião” sem Deus, sem Sacrifício Vivo no Altar, sem o Sangue do Cordeiro, sem a Revelação da Palavra, sem Jesus, sem Vida Cristã e até “sem Igreja”?
O Culto se transformara num eloquente empreendimento religioso e comercial. Negociata, de fato... Que tristeza!
O Sacerdote já não tinha o “Sangue do Cordeiro” nas mãos para purificar os pecadores... Mas, tudo vibrante, dentro de um contexto de pura formalidade, fria, vazia e sem alma. Sem lágrimas, arrependimento ou confissões... Bastava exibir seu novo estilo de vida, indicando a classe social, a riqueza, a pobreza ou a miséria.
Mas isso não importava. Aparece sempre quem tem mais!
Celebra-se assim o Pentecostes atual – a antiga Festa das Cabanas - Cinquenta dias depois da Páscoa - muito mais importante do que o fato em si. Que a nação inteira soubesse, tomasse conhecimento, e por todas as aldeias se batesse palmas, e o regozijo se espalhasse em massa para todo o povo! A mídia reina em cores onipresente!
No Templo, o Sacerdote, o Altar e o Cordeiro pouco importavam. Valia apenas o espetáculo... porque o coração do povo era vazio, sem fé, sem compromisso, sem vida e sem esperança. Os Celebrantes nada tinham a transmitir de “Revelado” - como Moisés do alto da penha de Horebe! Aliás, não parecia mais ser necessário ouvir a Voz de Deus – «Cada pessoa se bastava a si própria.» Ou seja, era mesmo seu próprio deus... Um deus multicolorido, instantâneo, vibrante, presente, global, mágico e fabulosamente espetacular! Controlado por um algoritmo ou Inteligência Artificial! Num templo negro... Quem sabe?
MAS ALGUÉM ESTAVA OLHANDO DE LONGE, E SOLENEMENTE SE ERGUE MOVIDO DE FORTE CLAMOR, E DIZENDO: “E NO ÚLTIMO DIA, O GRANDE DIA DA FESTA, JESUS PÔS-SE EM PÉ, E CLAMOU DIZENDO: SE ALGUÉM TEM SEDE, VENHA A MIM, E BEBA.” (Jo 7.37).
SE ALGUÉM TEM OUVIDOS, OUÇA A VOZ DO ESPÍRITO SANTO. JESUS CRISTO ESTÁ FALANDO MUITO ALTO!! HOJE!
DEUS ABENÇOE VOCÊ.
Pr. Reuel Pereira Feitosa
Presidente da Obra e Ministério Peniel