“... Peço-te porção dobrado do Teu Espírito...”

( 1 Reis 2.9c)

“O País de Gales se encontrava em chamas. A nação afastou-se de Deus. Como um furacão inesperado, o Espírito de Deus varreu o país. As igrejas encheram-se de grandes multidões. As reuniões prolongavam-se das dez da manhã até à meia-noite. Converteram-se descrentes; ébrios, ladrões e jogadores inveterados foram salvos; e milhares de pessoas foram recuperadas para uma vida respeitável. Por todos os lados se ouviam confissões de pecados terríveis. As mulas nas minas de carvão recusavam-se a trabalhar, porque não estavam habituadas a um tratamento bondoso! Em cinco semanas, vinte mil pessoas agregaram-se às Igrejas.

“Será de admirar que também nós ansiemos por ver outro derramamento do Espírito de Deus?”

“Há um caminho, um caminho custoso. 'Preparai, o caminho do Senhor, endireitai as Suas veredas. Todo o vale se encherá, e se abaixará todo o monte e outeiro, e o que é tortuoso se endireitará, e os caminhos escabrosos se aplanarão; e toda a carne verá a salvação de Deus' ”. (Is 40.3-4)

 “Durante treze anos orei para receber a Promessa do Espírito; e foi desta forma que fui levado a orar: 'Quero ter o Espírito'. Chovesse ou fizesse sol, apesar de todas as dificuldades, assistia às reuniões. Muitas vezes, ao ver outros rapazes, de barco, navegando na maré, sentia a tentação de voltar atrás e fazer como eles. Mas dizia comigo próprio: 'Lembra-te da tua decisão', e continuava em frente.”

“Em certa reunião matutina pedi ao Senhor que me quebrantasse. O Espírito pareceu dizer-me: 'Disso é que tu precisas, de ser quebrantado, Evan Roberts.'. 'Senti uma força viva entrar-me no peito, crescendo, crescendo, até que eu parecia ir explodir. O peito fervia-me, e ardia em mim aquele versículo: 'Deus prova o seu amor para conosco... ' Caí de joelhos com os braços sobre o banco à minha frente, deixando as lágrimas e o suor correrem livremente.”

“Pensei que fosse sangue,  que  jorrava”. E então bradei: 'Senhor, quebranta-me, quebranta-me.' De súbito, raiou a glória. “Depois de ter sido quebrantado senti passar por mim uma onda de paz, e os presentes cantaram comigo: 'Ouço a Tua voz bem-vinda' ”.

“Dali por diante a salvação de vidas era o que preocupava o meu coração. A partir desse momento, ardia no desejo de atravessar todo o País de Gales, e se fosse possível, estava pronto a orar a Deus para que Ele me concedesse o privilégio de partir”.

Desde aquele dia, esse jovem de vinte e seis anos andou por toda a parte pregando o Avivamento.

“Não há qualquer método novo para levar os homens a Cristo. Tem de haver arrependimento de pecado, e o reconhecimento verdadeiro do pecado, e que só pode ser apagado pelo Sangue do Cordeiro.  A alma lavada por esse Sangue será guardada e santificada pelo Senhor Jesus Cristo.””                                  

Pr. Reuel Pereira Feitosa

(Extraído do livro: Restauração Hoje - Fogo e Água Sobre a Terra,

 pags 80-81; 2003)