PODERÃO REVIVER ESTES MORTOS? - 09/04/2017

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28 de Março de 2021

«Ossos secos, ouvi a Palavra do Senhor...»

(Ezequiel  37.3-4)

Ele fora levado ao meio do vale de ossos

secos. Vale da morte, cemitério arruinado,

onde a esperança e a vida há muito

pereceram. Ezequiel caminhou ao redor deles,

moveu-se dentro da cena macabra, viu de

perto a desgraça, sentiu o cheiro, a podridão

acumulada daqueles mortos aos montões!

(v.2).

«Poderão reviver esses ossos?»

- perguntou-lhe o Senhor.

«Tu o sabes»  - respondeu o Profeta.

«Profetiza aos ossos secos; Profetiza: ouvi a

Palavra do Senhor!»  - Ordenou (v.4).

Só a Palavra do Senhor gera vida. A Palavra

levanta da morte. Ossos não têm ouvidos;

Entulhos de crenças distorcidas, profanações,

abominações e rebeliões: Poderão ainda

experimentar o abalo da Palavra e do Espírito,

e despertar da morte? Para além desse caos,

do  nada e não vida, paira acima a Voz de

Adonai Elohim: «Haja luz!» (v.3).

Ordem estranha. Descabida. Cortante e

descontextualizada. Mas ordem de Deus:

«Profetiza a Palavra que te ordeno! E enquanto

eu profetizava, ouve um ruído, barulho surdo

como de um terremoto, ossos que se batiam

contra ossos e se ajuntavam

cada um ao seu osso!» (v.7).

Um vale de ossos destroçados, sem vida, sem

esperança. Frustrações, vazios e «ais». No

coração dos príncipes e dos reis, impérios e

reinos; desilusão dos anciãos, revolta dos

jovens e choro das crianças de peito. A dor, a

peste, a morte, o laço e  a guerra batem forte

sobre as sepulturas abertas ao léu! (Is 24.17).

Desfigurados humanos, caveiras, esqueletos,

sombras movediças. A cidade, o Templo, o Al

tar, o Lugar Santo e o Santíssimo às escuras (

Ez 8.12). Raros os Sacerdotes a oferecerem a

vida ali...  «Não pudestes velar comigo nem

uma hora...!»  (Mat 26.40).

 

 

Esse féretro de morte global logo será

interrompido, como o da Viúva de Naim

(Mc 7.12-16).

Esqueletos, corpos sem vida, instituições,

estruturas e seres moribundos se levantarão

à Ordem da Palavra e do Espírito do Senhor. A

Terra será cheia da glória de Deus, para

sermos «arrebatados» (1 Ts4.16-17)

«Poderão reviver esses ossos?»; também a ti

te envolvem?

Além do Corpo do Senhor, as mãos em

chagas, os pés sangrando, o lado aberto, o

coração rasgado pela lança do soldado e nem

a coroa de espinhos. A morte era preciso. Até

a última  gota de sangue sobre a terra. Os

trovões, a tempestade, o céu revolto, o apagão

do sol, os sepulcros rangendo e os mortos

claudicando pelas vielas de Jerusalém...

Depois de tudo o que Deus fizera, o povo ainda

endurecia o coração. Batia nos peitos, cheio

de remorsos, mas vazio de arrependimento! 

(Mt 27.32-54). Mas existe a fidelidade

de Deus à

Sua própria Palavra (Gn 3.15; Is 53). Ele jurou

por si mesmo (Gn22.17). E disse: «Profetiza ao

Espírito, profetiza, ó Filho do homem:»

«VEM DOS QUATRO VENTOS, Ó ESPÍRITO, E

SOPRA SOBRE ESTES MORTOS PARA QUE

VIVAM» (v.9).

«E entrou neles o Espírito; e viveram, e se

puseram  em pé, como um  exército 

poderoso» (v.10).

A Palavra que Eu falei se cumpre (Ez 12.28).

Irrompa a Palavra e o Espírito da vida sobre a

vossa vida, e vivei, cristãos do Século 21.

Assim diz o Senhor.

Pr. Reuel Pereira Feitosa