O caminho era longo e pesado.

Os peregrinos seguiam cansados,

angustiados, as vezes olhando para traz. 

Entre a segurança das senzalas no Egito e a

invisível esperança da Terra Prometida. Eles

bem que poderiam cantar:

«O caminho é longo e mal, e nossos pés

feridos estão,

Ainda é longe Canaan, ainda e longe Canaan...

Quantas vezes tem faltado o nosso leite, e o nosso pão;

- Estará ainda longe Canaan...?

Estamos fracos, tão cansados,

passamos por desertos, por valados abrasadores

Estamos fracos, tão cansados,

- Estará ainda longe Cannan...?» (1)

Aqueles caminhantes seguiam  jornada no

deserto de Sitim. Mas  tinham de olhar

sempre  à  frente, pois o Deus da Promessa ia

adiante. Às vezes se revoltavam, e até

murmuravam  contra  Adonai-Elohim  e

rebelavam contra  Moisés, o Líder enviado

pelo «Grande Eu  Sou»!

Eles se pareciam  muito  conosco  hoje.

Mas Jeová-Rafah é o mesmo El Shadday, o

Deus Todo Poderoso. Depois de três dias de

marcha, fome e sede, ordena a Moisés lançar

um galho de madeira às águas amargas de

Mara.  E elas são transformadas

miraculosamente  em  águas doces!

(Êxodo 15.23-25).

E logo o Senhor instrui o povo posto à prova:

«Servireis a Adonai-Elohim, e Ele abençoará o vosso pão e a vossa água, e Ele tirará do meio de vos toda a enfermidade» (Êxodo 23.25).

«O Senhor afastará de ti a dor, o terror,  e toda  a doença»

(Deuteronômio 7.15).

As angústias de alma, os medos, os

desesperos e dores provocados pela injustiça,

o maltrato e os abusos; as frustrações, o

engano, a traição e a solidão; as dores que

doem na alma e todos os remédios e

promessas humanas que jamais  se

cumpriram...

«Ele tomou sobre si todas as nossas

enfermidades, e as nossas dores levou sobre

si; Ele foi moído pelas nossas iniquidades, e

pelas suas pisaduras fomos sarados»

(Isaías 53.4).

Ele continua a disser ao Seu  povo:

- Aqui estou: «Eu Sou Jeová-Rafah, o Deus

que te cura.» Sê curado.  Agora.

Deus o abençoe.

Pr. Reuel Pereira Feitosa

(1)   «Em Direção à Canaan»,

Maestro Luiz Dantas,

Marechal Hermes, Rio –

1950,  trecho do hino cantado por minha mãe).