Pregadores De Rua! - 20/07/2014

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 Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.

 (Lucas 14.23)                      

De repente, apareceram esfuziantes pregadores. Eles infestavam as ruas, as praças, boates, escolas e ônibus. O fervor ardia a alma deles de tal forma que, simplesmente, não podíamos contê-los. Nosso problema era o esforço para acompanhá-los, tão grande o seu entusiasmo.

A Praça Sete, no coração de Belo Horizonte, foi tomada de assalto. Nos finais de semana, especialmente à noite, chegavam a passos firmes e a determinação de mudar o mundo.

Nessa época não se pregava nas praças da cidade.

Depressa formavam uma roda, no encontro da Rua Rio de Janeiro, Av. Afonso Pena e Av. Amazonas. Os violões predominavam, além de uma certa engenhoca inventada por eles. Uma caixa de madeira com um cabo de vassoura partindo do meio dela. E um fio grosso de náilon até à outra extremidade da caixa, tangido pelo instrumentista. Produzia um som “enrouquecido”, abafado, profundo e muitíssimo diferente. Esse era o “baixo”!

Mas os jovens eram o espetáculo. Havia de tudo agora. Cabelos enormes, barbas compridas, roupas chamativas atraindo as pessoas. As moças mantinham os vestidos longos supercoloridos, muito femininos. Havia os mais antigos, as garotas crentes com todo o recato da tradição cristã. A turma, por si só, era um “barato”!

O grande impacto vinha da vida. Do testemunho e das experiências com Deus. Ali, em Praça Pública, compartilhavam  na maior simplicidade as grandes maravilhas de Deus.

Alberto Reolon, o “Gaúcho”, poderoso na Palavra, gostava de pregar no Cântico dos Cânticos, livro romântico de Salomão.

A boca enorme da calça branca, a camisa de seda azul,  contrastavam com seus cabelos negros longos, caídos sobre a testa e descendo pelo pescoço. O tênis sempre desamarrado.

“Deus me amou apaixonadamente. E me buscou do profundo do Seu coração e me trouxe para si.

Eu vim subindo estradas do Sul, caminhando sem destino. Drogado, perdido e sem nenhuma  esperança, apenas um andarilho em busca de Paz e Amor. Até que  ouvi a voz de Jesus dizendo suavemente em meus ouvidos:

- Levanta-te... e vem.

Porque eis que

passou  o inverno

E a chuva cessou,

E se foi;

Aparecem as flores

na terra ...”

Agora, o Novo Tempo nos manda conquistar a Terra. “Ide e pregai.”

Deus abençoe você.                                                  

    Pr. Reuel Pereira Feitosa

(Do livro: Face a Face com Deus - Vol. 1 ,  págs 17-128)