“...Dai, e dar-se-vos-á...”
(Lucas 6.38)
A garotinha chegou saltitante
diante do gazofilácio.
Trazia na mãozinha um maço de notas.
Com brilho singular nos olhos
depositou a oferta. Depois, parou.
Por segundos pensou...
Voltou a taça dourada e pegou
a oferta que havia depositado.
Com muito jeito e atenção
ela organizou as notas.
Dividiu-as delicadamente.
E retornou à salva dourada dos
dízimos e recolocou a metade em cada salva.
Depois, voltou correndo
para o seu lugar junto a seus pais.
Acho que Mariana nem sabe direito o que fez.
Mas de uma coisa sei:
O Espírito do Senhor nos ensinou a
compartilhar,
a dar de coração aberto,
com todo o carinho e espontaneidade.
Contribua ao Senhor com alegria e graça!
Ele retribui dobrado!
“...O pastor está brabo, mas é com os
grandes!... Vou levar água pra ele...”
– dizia outra menininha lá atrás.
E o Pastor estava bravo mesmo,
até apanhou o cajado.
Ele bradava, protestava contra tantas coisas
que andam fazendo por aí...
Enquanto ele, lá do púlpito, andando
de um lado para o outro, falava dos
que saem e entram
a todo instante, os que vão ao banheiro,
e as garrafas de água na boca,
em pleno inverno.
E ainda reclamou:
“Nem eu que falo quase duas horas preciso
beber tanta água!
Aliás, aqui, hoje nem água
puseram para mim!”
A garotinha ouviu. Levantou-se de seu lugar, e
foi dizendo com seriedade:
“...O Pastor está bravo hoje.
Mas não é com as crianças.
É com os grandes...
Vou levar água pra ele...!”
Mas não deixaram que Luiza fosse lá no
Púlpito levar um pouco
de água para o Pastor!
Quando não ouvimos os profetas,
Deus levanta as criancinhas. Sejam dízimos,
sejam ofertas,
moedas ou notas no gazofilácio
e até mesmo um copo de água.
Somos capazes de deixar a
Obra do Senhor perecer
por não ouvirmos sua Palavra de amor,
provisão, compaixão
e perdão aos pecadores,
e até para nossos irmãos.
Na pureza do coração das crianças,
o Senhor ensina a sua Igreja.
Nesse mesmo domingo, quando voltei
ao gabinete Pastoral,
achei um bilhetinho,
rabiscado numa letra verde toda torta,
e a figura de alguém que parecia um homem, e dizia:
“Ah vovô, como eu te amo,
com o maior amor do mundo!”
Era Melissa, minha netinha.
Ouçam os profetas, reparem nas crianças.
Deus fala na ingenuidade,
pureza, beleza e sensibilidade
dos pequeninos.
Agradeço, Senhor por todas as crianças.
Pelos pais, pela Igreja e por
Jesus Cristo estar aqui.
E nos falar de tantas maneira.
- No domingo, 3 de junho de 2018,
eu estava tão aflito que pedi, no
“Clamor da Madrugada”
uma Palavra ao Senhor.
E Ele disse:
“Ponho as minhas palavras na tua boca,
e te cubro com a sombra da minha mão!»
(Isaías 51.6).
Deus abençoe você.
Pr. Reuel Pereira Feitosa