A ordem era divina. “Levanta-te, e vai à
grande cidade...” (1.2). Mensagem antiga e
profética. Há muito Jonas fora reconhecido
como servo do Senhor (2 Reis 14.25).
O propósito era forte e decisivo: “Vai à
grande cidade de Nínive e clama contra ela,
porque a sua malícia subiu até mim” (v.2). O
salário do pecado é a morte, seja para
pessoas, cidades ou nações. Não há
alternativa.
Mas Jonas, tentou iludir a Deus. Fingiu
obedecer, mas contrariou-O grosseiramente.
A estratégia era oferecer a Deus alguma coisa
dentro do mesmo contexto. “Eu estou
obedecendo”, “Eu estou indo agora!”, “...
Pagando minha passagem” e assumindo a
responsabilidade. Vou “pregar” em Társis!
Ele esqueceu que Deus precisava d'Ele
em Nínive, e não em Társis (v.3).
A Obra de Deus continua assim até hoje. Deus
nos determina alguma coisa, “ouvimos”,
“disfarçamos”, “obedecemos” - e até
“simulamos” ouvir a sua voz. Mas seguimos
outro rumo!
Então, o navio afunda... Somos
engolidos. Humilhados. Massacrados, até
revirar os intestinos! A dor é grande. O
arrependimento forte. E poucos se
arrependem.
Jonas lembrou-se do Senhor. Aliás, Ele nunca
esquecera d'Ele. Jonas devia contemplá-Lo
todos os dias como uma sombra, a mexer
com seu coração e lembrá-lo que o caminho
seria retornar ao Senhor.
Jonas confessou seu pecado, suas
saudades da Casa do Senhor, do seu Santo
Templo e da presença do Espírito Santo.
Saudades do povo.
A humilhação, a vergonha e a
desilusão também pesam hoje sobre nós. A
nação brasileira geme, quebrantada, pelo
vexame que ora assola os mais conspícuos
palácios, homens ilustres e nobres lideranças.
E até os mais simples do povo.
Também a Igreja Evangélica sofre
vexame após vexame. A todo instante tem o
nome nos jornais, revistas, conversas de
botequins e a grande mídia. Expoentes das
massas escarnecem, rasgam páginas e põem
fogo em Bíblias diante das câmeras de TV!
Perdemos a missão, abandonamos o
propósito. Nosso interesse é maior.
Daí nos depararmos, a todo instante,
com cristãos transtornados, estressados,
enraivecidos e revoltados. Deprimidos a ponto
de ameaçarem a própria vida: “É melhor
morrer do que viver” (4.3). Líderes religiosos,
Igrejas inteiras se afundam em divisões, e
milhares de cristãos se afogam nesse mar
revolto!
Jonas levantou-se do “vômito do
grande peixe”, saiu das entranhas do inferno
para reassumir sua missão.
Vamos voltar a Deus. Salvar a nós
mesmos, a Igreja e
Brasil.
“Levanta-te, e vai à grande cidade e
clama contra ela” (v.1).
A “loucura da pregação” salva - sejam
pessoas, cidades, nações e povos da Terra.
Deus abençoe você.
Pr. Reuel Pereira Feitosa