Após as grandes batalhas os campos ficavam
cobertos de corpos de jovens agonizantes.
Gemidos profundos subiam da terra, tocavam
o espaço, e pareciam retornar em dor
redobrada. Àqueles moribundos restava
aguardar que a morte
chegasse bem depressa.
De repente, uma voz suave se fazia
ouvir. Mais parecia a voz de um Anjo pairando
acima das desgraças da guerra. Cantava e
cantava, restaurando a esperança, o consolo,
às vidas ferozmente interrompidas.
Ouvindo as canções, os feridos podiam
dar o último suspiro, e um olhar suave no
rosto da angelical Florence Nightingale. Com
um sorriso macio se despediam, e podiam
partir em paz. No meio dos campos cobertos
de sangue da 1ª Guerra Mundial, ela cantava
os mais belos hinos da Fé Cristã. No meio da
dor e da guerra - Jeová-Shalom!
Deus de Paz na tribulação, na dor e na
desesperança. «Num mundo tão cheio de
nada». «Na Casa de Meu Pai há muitas
moradas», cantavam os nossos hippies.
O povo que veio do deserto conheceu
o Deus de Paz. Até hoje Israel se cumprimenta
nas ruas, nas esquinas, à porta de casa, das
tendas, kibutz, praças, igrejas e sinagogas,
com essa palavra melodiosa, cheia de vida,
encato e esperança - «Shalom!»
«Shalom meu amigo, Deus
é contigo, até o fim
Com Seu braço de amor,
nos conduz o Senhor
Shalom, shalom, shalom!»
Pr. Reuel Pereira Feitosa. In:
«Eu Sou»: O Nome de Deus.
B. Hte, 2016. Págs 55 e 56