«Foi-se a Glória de Israel!» - (1 Sm 4.21)

«...E o Espírito  pousou-me

no meio de um vale»  - (Ez 37.1)

... A glória do Senhor saiu do templo. Os

querubins levantaram asas, ergueram-se da

terra e saíram acompanhados pelas rodas.

Ainda se detiveram à porta da entrada

oriental.  A glória do Senhor estava no alto. E

se movia lentamente... Parecia não querer sair

do Templo... Elevou-se também do meio da

cidade. E o Espírito do Senhor

me  levou na sua visão

(Ez 10.18; 11.22-24).

Agora, a cidade estava aberta. O Templo vazio.

O Espírito de Deus se fora. «Pregarei a tua

língua ao teu palato, e não poderás servir-lhes

de repreensão, pois são casa rebelde» (Ez

3.26). A força do impacto, a dor da emoção e  o

peso das abominações do povo caíram sobre

o Profeta. Ezequiel perdeu a voz. 

Os Exércitos  dos caldeus chegavam às

portas. Nabucodonozor 

à  frente de suas tropas.

Como viver aqui, como ser feliz aqui?

  (Ez 33.10). Se tudo se pôs a perder e o

homem não quer parar?!

Os profetas ridicularizados, pregadores

ironizados, a Palavra Viva desprezada pelas

«novas-verdades» da hora. «Tu és para eles

como uma canção suave, bem cantada ao

som de instrumentos de cordas: Eles ouvem

as tuas palavras, mas não as praticam!»

(Ez 33.32).

Duros os oráculos  de Ezequiel às diferentes

nações, aos povos à volta e aos  líderes 

religiosos  de Israel:  «Ai dos pastores que se

apascentam a si mesmos. Vos alimentais com

leite, vos vestis com a lã e

sacrificais as ovelhas!»

(Ez 34.1-2).  

Quando o Senhor se afasta do Santuário, o

desastre é total.

Yahweh determinou a construção da Tenda da

Congregação, no deserto. «E me farão um

santuário, para que eu possa habitar no meio

dele; faze segundo o Modelo que

Eu te mostrei no monte»

(Êx 25.8 e 40). O

Tabernáculo – O Átrio, o Lugar Santo e o Santo

dos Santos. «Ali virei a ti, de cima do

propiciatório, do meio dos querubins sobre a

Arca do Testemunho, ali falarei contigo...»

(Êx. 25.22). 

Arca, presença e Glória de Deus no

meio do povo!

Então, no mesmo dia da batalha contra os

filisteus, um jovem guerreiro veio correndo das

fileiras - terra na cabeça e  roupas rasgadas -

e chegou-se a Eli, em Siló.

Sentado em sua cadeira, tremia o coração do

velho Sumo Sacerdote, temendo

pela Arca do Senhor.

A notícia foi devastadora: Israel perdera a

batalha, seus filhos Hofini e Finéias foram

mortos, e a Arca da Aliança tomada pelos

filisteus. Eli tombou da cadeira para trás, e

morreu (1 Sam 4.16-19).  A nora, mulher de

Fineias, grávida e próximo ao parto, ao ouvir

que a Arca do Senhor fora tomada, seu marido

e seu sogro haviam morrido, entrou em dores

de parto e deu à luz. E as mulheres lhe diziam:

«Não temas, nasceu-te um filho varão!»

Amargurada, «chamou o menino de Icabod –

Foi-se a glória de Israel, porque a Arca de

Deus fora tomada!» (1 Sam 4.20-22).

A Igreja do Senhor é santa, o Templo, o Altar, o

Culto e todos os seus elementos. 

 Haveria ainda esperança, depois de tudo isso?

Sim, há fieis promessas do Senhor: «Porei

dentro de vós o meu Espírito e farei que

andeis nos meus estatutos; Dar-vos-ei

coração novo, e porei dentro de vós espírito

novo; derramarei água pura sobre vós, e

ficareis purificados; vós sereis meu povo e eu

serei o vosso Deus.»

(Ez 36.25-27).

«Porei o meu Tabernáculo no meio de vós

eternamente; E o meu servo Davi reinará

sobre vós»

(Ez 37.24-27).

«Eu te seguirei, eu te seguirei, por onde fores,

Santo Espírito, eu irei.»

Pr. Reuel Pereira Feitosa