Tudo é possível ao que crê. Porque não haverá

impossíveis para Deus (Mateus 19.26)              

Você pode ser transformado. E, quanto pior

você estiver, melhor será. Os maiores

milagres acontecem nas piores situações.

Você não pode ficar pensando no estado em

que se encontra. Você sabe que

vai indo muito mal.

Esqueça isso.

Tudo pode mudar.

Quando aquele rapaz chegou diante de Jesus

ele estava acabado. O rosto era uma plasta de

sangue. Os olhos arroxeados, parados, tristes;

falavam de desespero, desânimo e revolta. Ele

estava saindo pelos olhos. O coração

sangrava pelas pupilas. E ele espelha para o

mundo toda a sua infelicidade.

Uma baba escorria pelos cantos da boca. E,

erguendo a mão inchada,

esfregava tudo na cara.

Era um pouco de sua alma que lambuzava no

rosto. Era ele mesmo que vinha

escorregando de dentro.

Cada vez que ele esfregava a cara, alguma

coisa voltava a dizer lá dentro:

- «Limpa essa sujeira. Você não pode ficar

assim; corta essa,

vê se  para com esse espetáculo.»

Mas como?

Então, do outro lado, no ouvido, alguém atiça:

- «É melhor piorar. Morrer. Vá fundo para a

morte. É a última volta. Não dá mais.»

Enquanto essas vozes estiverem sendo

ouvidas, tudo pode ser mudado. Você vive. A

chama continua acesa.

O brilho da verdade ainda existe.

Um tremendo milagre está para acontecer.

Vem explodindo no coração; fissurando os

nervos; queimando a garganta.

É um tremor desconhecido, que agita você nas

paredes do estômago, treme seus dedos,

suando nas palmas das mãos. Aceleram-se as

batidas no seu peito. Um sopro na testa,

calma nos olhos.

Sensação de temor e tremor adocicados vão

fazendo bem à alma, entrando de leve nas

veias, passeando. Ondas mornas de calor,

alegria e vida descem suaves.

A paz, paz de Deus...

Você paira no ar... Quase dorme.

Jesus está aqui. Abraça você...

É. Tudo é possível ao que crê.

Você está virando um milagre... Nova criatura.

Um milagre nas alturas, com os pés no chão.

Deus abençoe você!

Pr. Reuel Pereira Feitosa. Do livro:

Acontecendo o Impossível.

B. Hte, 1997. Págs 9-13