“Por-me-ei sobre a minha torre de vigia...”

(Habacuque 2.1) A Torre de Vigia é a habitação dos fortes. Apenas os destemidos galgam seus degraus.  Suportam o vazio, o frio, o anonimato, as tensões  e a solidão lá  em cima. Homens e mulheres de carne e ossos espalhados por todo esse país.

Por que causa eles lutam, e em nome de quem?

Habacuque fez da obediência e clamor a sua Torre de Vigia. E brada: “Ouvi Senhor a tua palavra e temi; aviva ó Senhor a Tu Obra no meio dos anos, no meio dos anos a torna notória; na ira  lembra-te da misericórdia. A Tua glória cubra os céus, e a terra se encha do teu louvor” (3.1-2).

Esse “Profeta do abraço” agarra-se a Deus inelutavelmente e exclama: “Mas o justo por sua fé viverá” (2.4).       

Neemias saiu caminhando e chorando pelas ruas. Levantou um sentido clamor pela cidade. Orou, jejuou e buscou o Deus dos Céus.  Fez daquelas muralhas  destroçadas, das portas de Jerusalém queimadas, do Templo abandonado, do  Culto deturpado e o Altar profanado a razão de sua vida. “Olha para mim ó Deus, e ouve as orações que faço dia e noite em favor do teu povo!” (Neemias 1.6). 

Na Torre de Vigia  batalhou pela restauração de Israel.

Quando o jovem Salomão foi coroado rei de Israel uma oração ele fez suplicando sabedoria do Alto. E o Senhor lhe fez a maior de todas as promessas que um soberano poderia receber: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2º Crônicas 7.14).

Enquanto Salomão permaneceu na Torre de Vigia, foi o maior, mais sábio e festejado rei de todos os tempos. O Segredo da Torre de Vigia!

Ageu também conhecia essa Torre, e proclamava a toda a gente: “Subi ao monte, trazei madeira, edificai a casa; e dela me agradarei, e serei glorificado” (Ageu 1.8). Na Torre de Vigia há madeira para edificar a Igreja, restaurar a  Obra e gerar novos mundos com Deus!

Von Zinzendorff era um nobre alemão. Compreendia as necessidades  mundo.

Sentia a miséria, a fome, e lhe doíam as injustiças que sofriam os camponeses. Fundou uma Colônia. Repartiu suas terras. Fez casas para os seus trabalhadores. Construiu uma Capela para cultuar a Deus e fundou um  Seminário para  ensinar a Palavra, formar pregadores e enviar missionários para o mundo todo.

Ele vivia na Torre de Vigia.

Um dia ele disse: “Preciso de um Pregador urgentemente para  Groenlândia. A terra do gelo. Temperatura a 45 graus negativos. Mas não tem casa, não tem salário, não tem nada, apenas milhares de esquimós precisando ser salvos...”

No dia seguinte às seis horas da manhã, quando o Culto começou, Zinzendorff indagou: “Cadê o jovem que se apresentou para ir à Groenlândia? Por favor, venha à frente.”

Mas alguém apressadamente respondeu:  “O Senhor disse ontem que era urgente. E nesta madrugada, ainda escuro, ele partiu, levando uma sacolinha e um cajadinho...”

A Torre não pode ficar vazia. Por nós mesmos, pelos nossos queridos, pela Igreja de Deus que anda combalida - e pelas multidões que vagueiam pelo nosso querido Brasil e o mundo.

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Deus abençoe você.    

Pr. Reuel Pereira Feitosa