“...E ali o crucificaram.”
(Lucas 23.33)
Eles o puseram estendido sobre a Cruz. Abriram seus braços, estenderam suas pernas, e os cravos rasgaram suas carnes. A cruz foi erguida no alto do Monte chamado Caveira. E suas carnes se rasgaram novamente ao baque da cruz contra o solo!
No alto Ele estava. Seu corpo sangrava, minando por cada poro. O sangue escorria sobre o madeiro, cobrindo cada braço, descendo sobre o mastro central da cruz.
Sangue, muito sangue havia ali. Tingindo de vermelho forte, carmesim, cada pedaço daquela madeira preciosa que recebia sobre si o peso do precioso Filho de Deus.
Ainda embeberam uma mecha com vinho e fel e levaram à sua boca. Depois o soldado romano chegou bem perto pelo lado esquerdo, sob o braço da Cruz; apontou na direção do peito, empurrou com força a lança e rasgou o coração de Jesus. Mais sangue jorrou do alto, empapando o chão, descendo a golfadas do madeiro...
Madeira viva e exuberante de poder a da Cruz, como a acácia nos lugares sagrados, sustentando por dentro e por fora os altares, utensílios e objetos consagrados na Tenda da Revelação.
Sim, sangue, muito sangue, preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo! Tesouro de todos os tesouros. Valor imensurável, inimaginável o custo, acima de todas as fortunas que pudessem comprar as águas dos mares ou as estrelas do céu dos céus!
Como o ouro puro cobria os objetos sagrados no Antigo Testamento, o Sangue de Jesus Cristo cobriu a madeira no Calvário.
Jesus, madeira preciosa que dura eternidades; nós, madeira frágil e carcomida, coberta pelo Sangue que nos dá vida como a vida d'Ele.
O Calvário e a Cruz; a Madeira e o Ouro.
- É o precioso Sangue de Jesus.
Pr. Reuel Pereira Feitosa. In
A Tenda da Revelação, págs 113-114