...Acharíamos um Varão como este?( Gênesis 41.38) Havia pesados presságios na terra do Egito. Temia-se pelo futuro. A insegurança. A fome. A violência crescente. A ameaça da peste e da morte. As perspectivas só pioravam anunciadas pelos indicadores. As coisas não estavam bem, ainda que os fatos reais fossem maquiados. Todos sabiam. O desastre era iminente.
Faraó desesperava. Inquietando-se, perdia o sono. E sonhou aquele sonho maravilhoso e dramático também. Mas, faraós nada entendem das coisas de Deus. E sua angústia aumentou.
Nenhum dos seus sábios, mágicos, adivinhos, ministros e assessores conseguiram resolver o enigma do estranho sonho do monarca. A única maneira foi quando apareceu em cena um obscuro prisioneiro, um homem vendido, ultrajado, vindo de muito longe como escravo, enredado nas tramas destrutivas dos palácios e masmorras da metrópole.
Quando ele pisou no salão real a decepção entrou junto com ele, estampada na face das autoridades. Feio, sujo e mal cheiroso; trazia as marcas indeléveis da miséria, da fome e de tantos anos de sofrimento. Corpo marcado, desnutrido e esquálido ali estava. Mas tão diferente em sua postura, humilde no seu olhar profundo, tocando o coração e impressionando com palavras de sabedoria.
Ele tinha a interpretação. As espigas robustas e as mirradas; As vacas gordas e as vacas magras. Tempos de abundância, tempos de justiça, e uma sustentável e duradoura proposta da paz.
Onde há pão em abundância há saúde, há boa formação; e a violência, as agressões, a rapina e os direitos dos cidadãos preservados. A liberdade de expressão, e a consciência livremente se expressando. E principalmente, o respeito a cada qual adorar a Deus.
Faraó maravilhou-se. E embevecido exclamou publicamente: “Acharíamos um Varão como este, em quem haja o Espírito de Deus? Ninguém há tão inteligente e sábio como tu. Te tenho posto sobre toda a terra do Egito.” ( Gênesis 41.38-39).
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.” A trajetória de um homem bom, ou de uma mulher, é conduzida pelo Senhor. Deus os guia, guarda, instrui e usa. Os povos e as nações da Terra necessitam muito dessas criaturas raras e nobres - tão difíceis de encontrar.
As democracias atuais, como os reinos de ontem, ainda dependem da capacidade, sensibilidade, bondade e bom senso dos governantes de atentarem para a voz de Deus. E hoje, mais do que nunca, da maneira prudente e sabia de escolhermos nossos reis.
Quando nos aconselhamos bem com Deus, o coração e a razão, até Faraó vota corretamente!
E ele escolheu José, “Salvador do mundo!” (Gênesis 41.45).
Deus abençoe !
Pr. Reuel Pereira Feitosa