O Testemunho Interior Do Espírito Santo - 06/04/2014

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As raízes da atual ação do Espírito Santo já se achavam presentes desde o século 18. Em especial, na mente, percepção e vida de Wesley. Ele assumia a  própria experiência do “coração ardente”, “coração puro”, ou “Testemunho interior do Espírito Santo”, como essência da santidade cristã, caracterizados pelo amor a Deus. A presença do “Deus Santo” na vida do cristão determina sua pureza interior e poder espiritual.

Ele  relata como recebeu uma poderosa unção do Espírito Santo, no dia 1º de janeiro de 1738: “Cerca de três horas da manhã, enquanto ainda estávamos em oração, veio tão fortemente sobre nós o poder de Deus, que clamamos com extrema alegria, e nos prostramos ao chão. Tão logo nos refizemos daquela onda de arrebatamento e gozo da Sua presença e majestade, exclamamos em alta voz: 'Nós Te adoramos, ó Deus, e reconhecemos que Tu és o Senhor!'”

O Espírito Santo prosseguiu ao longo do tempo, atuando entre os povos e abrindo espaços através de homens escolhidos. O século 18 revela ainda Jonathan Edwards, um jovem  pastor em Northampton, na Nova Inglaterra, USA. Seus sermões bíblicos, comprometidos com a Palavra, provocaram o início do “Primeiro Grande Despertamento Americano”. Ficou célebre o sermão “Pecadores Perdidos nas Mãos de um Deus Irado”. Aos gritos de medo, e pelo terror de caírem no inferno, os penitentes se agarravam às colunas do templo ou escondiam-se debaixo dos bancos! Milhares se converteram.

Através de George Whitefield que o impacto desse “Primeiro Despertamento”  atingiu o seu ponto máximo nas colônias americanas. George Whitefield, oriundo do grupo de Wesley, acostumara-se a pregar para multidões ao ar livre em Bristol, na Inglaterra. Agora, na América, implanta a sua experiência. Milhares de pessoas se reuniam para ouvi-lo nas conferências por todo o país, fossem nas praças, campos e lugares abertos. Ocorriam frequentes e tremendas manifestações do Poder do Espírito Santo através dele. A Obra de Deus foi abalada.

Já no Século 19 acontece o “Segundo Despertamento da América do Norte”, pela  instrumentalidade de Charles Finney, de origem presbiteriana. Pregador agitado, montado a cavalo, andava de cidade em cidade proclamando a Palavra. Sacudiu a jovem nação que nascia com um tremendo avivamento.

“O milagre do avivamento é bem semelhante a uma colheita de trigo. Ele desce do céu quando crentes destemidos entram na batalha, decididos a vencer ou morrer”, afirmou. 

Através dele houve manifestações sobrenaturais do poder de Deus que marcariam para sempre a Igreja do Senhor Jesus. Esse Despertamento alcançou praticamente todas as denominações conhecidas à época.

Havia uma santa expectativa no mundo cristão. Pairava no ar a sensação de haver algo maior a acontecer. As profecias de Joel continuavam vivas, incitando o povo. E, a seu tempo, logo o Espírito Santo seria derramado em grande escala.

Grandes pregadores e mestres batistas como C. H. Spurgeon, de Londres; A. J. Gordon, de Boston; A. B. Simpson, de Nova Iorque, proclamavam, pregavam, escreviam e aguardavam com ansiedade um grande Avivamento do Espírito Santo sobre a Igreja.

O Espírito Santo sempre esteve sobre a Terra. Fosse na Europa, das minas de carvão da Inglaterra; na América, dos campos de algodão do sul ou da emergente era industrial do norte. Também na Ásia, com o impetuoso Derramamento do Espírito Santo ocorrido na China, sacudindo os campos missionários, exatamente no início do século passado, 1904. O lugar jamais importou...

Pr. Reuel Pereira Feitosa

Extraído do livro: Face a Face - Vol. 3,  2012, págs. 229 a 232