Torre De Vigia - 02/11/2014

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“...Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a minha fortaleza, e vigiarei para ver o que Deus me dirá...”(Habacuque 2.1)                                                                                         Torres sempre foram lugares fortes. Segurança, proteção e vigilância elas asseguram.

As torres eram construídas no alto das muralhas. Permitiam a visualização dos inimigos, ainda quando longe se movimentavam. Visão ampla, em campo aberto, elas proporcionavam. Um posto avançado, alto e privilegiado de guarda.

O profeta Habacuque faz da “Torre” uma figura do Senhor. A metáfora é forte e bem colocada. Seu coração aflito, angustiado por tantos percalços e todos aqueles “ais” pronunciados por Deus (Hc 2). Num toque de impaciência, ele exclama: “Até quando Senhor, clamarei eu, e tu não escutarás? Gritar-te-ei: Violência, violência, e não me salvarás? Por que me mostras a iniquidade e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita... a justiça é torcida.” (Hc. 1.2-4).

Mas adiante, confabulando consigo mesmo, mas dirigindo-se ao Senhor, ele diz: “Não és tu desde a eternidade, ó Senhor meu Deus, ó Meu Santo? Não morreremos. Tão puro és de olhos e não podes contemplar a opressão e nem podes ver o mal” (Hc. 2.12-13).

Então, refletindo profundamente, Habacuque assume uma posição definitiva e age: Caminha para a sua “Torre de Vigia”, abriga-se nela, e descobre a segurança verdadeira.

“Encastelado” na Torre ele aguarda. Se põe em vigilância, sossegado e em paz. Agora ele sabe que o Senhor responderá.

É um pouco ambivalente essa relação: Deus e homem; torre e segurança; vigilância e intercessão. Às vezes, semelhantes, outras vezes tão diferentes em sua natureza, quase se confundem, mas plenamente ajustáveis. Sempre se completando.

Esse é o lugar do homem em Deus; ou de Deus no homem. Há sempre esse “quê” de finitude enroscada à graça imensurável da eternidade de Deus em nós.

Pura fragilidade é o ser humano. Quão pequenos somos. E tão grande é o Senhor. Tão forte. Tão completo. Inteiramente Todo Poderoso.

A soberba não cabe - ela é a morte. Porque o verdadeiro “justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4).

Entre nessa “Torre”.

Deus abençoe você.                                                                            Pr. Reuel Pereira Feitosa